Legitimidades e Políticas, mais interrogações que certezas
Um governo tem legitimidade para o ser desde que a Assembleia da República assim o decida, seja por omissão, seja por acção. Não há qualquer outra razão para conferir legitimidade a um governo. A "convenção" que o partido mais votado deve governar não existe, isso aconteceu como fruto das circunstâncias e nada mais. Portanto, as carpidices do PaF não têm qualquer razão de ser, se queriam governar tivessem ganho com maioria absoluta. O Presidente da República é eleito por voto directo e universal, aliás é o único órgão uninominal em que isso acontece. Será talvez aquele órgão que mais legitimidade democrática tem. Por isso, a postura da esquerda relativamente a ele tem sido perfeitamente errada e condenável. O Presidente não tinha que nomear António Costa, o Presidente podia ter nomeado um Governo técnico, o Presidente poderia ter mantido Passos Coelho em gestão. O apequenamento presidencial que se quis fazer está errado. Posto isto, acabámos por ter Costa. A polític